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Depressão e Infarto! Cada vez
mais próximos!
Há muitos nós cardiologistas observamos as relações dos quadros
depressivos com o desencadear do infarto do miocárdio. As causas do
entupimento das artérias coronárias por placas de gordura são várias e nós
já as conhecemos muito bem: história familiar de doença coração, cigarro,
colesterol alto no sangue, diabetes, vida sendetária, pressão alta, triglicérides
e ácido úrico altos no entre outros. A depressão traz apatia e
irritabilidade, perda do humor e da motivação, sonolência e choro fácil,
pois há um desequilíbrio dos hormônios cerebrais. A serotonina, aquele hormônio
que mantém o bom humor e a motivação, diminui e o cortisol e a adrenalina
(hormônios do "stress") aumentam. Desta forma fica fácil entender
como a depressão desorganiza toda a química cerebral trazendo alterações
na pressão arterial, na freqüência cardíaca, aumenta o colesterol ruim,
diminui o bom e ainda facilita as arritmias. As dificuldades não acabam aí,
pois 40% dos deprimidos são fumantes e não tem vontade de parar, pois o
cigarro é um estímulo cerebral que faz muita falta. Os pacientes não tem ânimo
para fazer exercícios, não conseguem fazer dietas (alguns adoram chocolates)
e tem dificuldades no relacionamento. O importante é chamar a atenção dos médicos
para que observem a presença da depressão nos pacientes com fatores de riso
para doenças das coronárias. Não deixar de tratar a depressão após o
infarto do miocárdio pois é um dos fatores relevantes para um novo episódio.
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